Uma pilha de moedas de bitcoins
Uma pilha de moedas de bitcoins

Bitcoin como tudo começou?

Para conhecer você entender melhor esses ativos  como eles funcionam é preciso saber qual o objetivo de sua criação?

Na economia digital toda transação financeira entre pessoas ou empresas apresenta um grau de risco envolvido a depender do negócio. E esse risco envolve não só questão da confiança, e segurança, mas também o risco de reversão da operação, ou seja, todos os negócios e transações possuem um risco embutido de inadimplência, ou até mesmo reversão do pagamento por problemas na negociação.

Para tentar se precaver desses riscos, as instituições financeiras embutem juros para cobrir eventuais prejuízos que ocorram em outras operações. Em outras palavras, para criar uma proteção prática contra falhas nessas transações, os juros funcionam como uma reserva. Se a transação com A der prejuízo, mas o negócio com B sair como planejado, os juros pagos nessa transação com B, vão cobrir os prejuízos da transação com A.

E se fosse criado uma nova forma de oferecer um sistema de pagamentos por meio digital, que pudesse impedir as possibilidades de reversão de um negócio, zerando desta forma, o risco dessas operações com segurança, transparência, e com redução drástica do custo da transação?

E se este novo sistema permitisse que pessoas fizessem as suas transações sem precisar de algum banco ou do governo?

ASSIM NASCEU O BITCOIN

Foi justamente por isso que foi criado o Bitcoin, desenvolvido em 2008 por um indivíduo ou grupo de indivíduos conhecido como Satoshi Nakamoto. O Bitcoin foi introduzido ao público em 3 de janeiro de 2009.

Esta inovação foi uma resposta à crise financeira mundial de 2008, buscando a  criação de um novo sistema digital descentralizado que não dependesse de intermediários, como bancos ou outras instituições. Assim o Bitcoin se tornou a criptomoeda mais famosa e influente, dando origem a um novo mercado financeiro em expansão, e ao desenvolvimento de milhares de outras criptomoedas. A filosofia por trás do Bitcoin continua a captar a atenção de investidores e entusiastas ao redor do mundo.

MAS AFINAL O QUE É O BITCOIN?

O objetivo descrito no whitepaper do BTC (documento que descreve o que e como funciona o ativo), apresentado por Satoshi Nakamoto, é estabelecer um sistema de pagamento eletrônico  entre pessoas, conhecido pela sigla peer-to-peer que possa permitir a transferência de valores direta entre  usuários, sem a necessidade de a intermediários, tais como bancos ou instituições financeiras. A proposta visa resolver os principais problemas de confiança e também segurança que existem nas transações digitais, através da tecnologia de registro de dados chamada de blockchain, para garantir através da criptografia, a integridade dos dados, assim como a transparência e a imutabilidade das informações. Para saber mais sobre Blockchain clique aqui.

Além disso, o BTC foi projetado para oferecer para os seus usuários maior acessibilidade financeira, e alternativa descentralizada ao sistema financeiro. Ao eliminar os intermediários e seus custos, se propõe a democratizar o acesso ao dinheiro e potencialmente transformar a forma como as pessoas lidam com suas finanças.

Como o investidor compra  criptomoedas?

Para adquirir uma criptomoeda, como o Bitcoin, o usuário pode baixar em seu celular ou em seu computador um aplicativo chamado de carteira digital (wallet). Através dela o usuário pode realizar a compra ou venda de suas criptomoedas.

Ao criar uma carteira digital, o usuário recebe duas chaves: uma pública e uma chave privada. A chave privada funciona como uma senha pessoal e secreta, que é essencial para acessar a carteira. Já a chave pública é como o número da conta bancária, visível para todos usuários e utilizada para realizar transações.

Quando um comprador quiser adquirir criptomoedas, basta que ele informe ao vendedor a sua chave pública (endereço da carteira). O vendedor, então, usa esse endereço para fazer a transferência dos criptoativos para a carteira digital do comprador. Vale ressaltar que as criptomoedas não ficam armazenadas no aplicativo da carteira, mas sim na Blockchain um sistema de registro de dados seguro e criptografado.

Outra forma de comprar criptomoedas é através da Exchange, (Corretora) que é uma plataforma especializada que intermedeia as transações entre os compradores e vendedores. Mas  Nesse caso, o usuário deverá criar uma conta, depositará dinheiro em moeda corrente e terá que definir o valor ou a quantidade de criptos que ele deseja adquirir.

É através da plataforma da Exchange que a conexão entre comprador e vendedor é realizada. Quando um vendedor aceita a oferta, ele faz a transferência das criptomoedas para a conta deste comprador, que por sua vez paga conforme a cotação do dia. Essas operações ocorrem no site ou app da exchange, por meio de ordens de compra e venda, semelhantes às transações do mercado de ações. Importante destacar que, na maioria dos casos, a Exchange não vende diretamente a criptomoeda, apenas facilita negociação entre os usuários.

Para saber mais  sobre isso acesse a página INVESTIMENTO, e o guia do investidor para saber como escolher uma exchange para investir.

Afinal o que é Blockchain?

Criptomoedas são geradas através de uma tecnologia conhecida como Blockchain?

A blockchain é uma tecnologia que funciona como um “livro de registros” digital. Imagine um livro onde cada uma das páginas, é um bloco que guarda informações, como uma lista de transações. Cada bloco é ligado ao anterior e ao próximo, formando uma cadeia – daí o termo “blockchain” (cadeia de blocos).

O mais interessante é que esse livro não é guardado em um único lugar. Em vez disso, ele está espalhado por milhares de computadores no mundo todo, eles garantem a segurança e a transparência dos registros da rede Esses computadores, são chamados de “nós”, e cada um deles mantêm uma cópia da blockchain, e verificam constantemente as informações que são geradas no bloco, atestando que se são válidas e se nenhum dado foi alterado.

Como a Blockchain Funciona?

A cada nova transação ou informação adicionada, um novo bloco é criado. Esses blocos precisam ser verificados pelos nós antes de ser incluído na rede blockchain. Mas o processo de verificação e validação da operação envolvem cálculos matemáticos muito complexos para fazer a confirmação  que a transação é válida e única.

Assim que um bloco é aprovado, ele é adicionado à cadeia e se torna parte do registro permanente. E uma vez registrado, ele não pode ser alterado ou apagado, o que torna a blockchain extremamente segura e confiável.

Como são geradas as Criptomoedas?

A criação de uma criptomoeda ocorre através de um processo chamado de “mineração”. Os registros que estão em cada um dos bloco são gerados através de criptografia. Para "gerar" um novo bloco, é preciso LER as informações criptografadas que foram inseridas nele.

Para ler esta informação criptografada inserida no bloco de dados, é preciso descriptografar o seu conteúdo. Essa descriptografia dos dados do bloco é conhecida como mineração.

O minerador nada mais é do que um super computador com imenso poder de processamento de dados que faz parte da rede blockchain.

Esses mineradores competem entre si para resolver problemas matemáticos complexos e que são propostos pelo protocolo da Blockchain, aquele que for o primeiro a conseguir desvendar o enigma matemático, ganha o direito de registrar novas transações em um novo bloco.

Quando um “minerador” finalmente consegue resolver o problema ele ganha o direito de registrar os dados daquelas transações no bloco, ele é recompensado com uma quantidade de criptomoedas.

Esse processo de mineração não só ajuda na criação de novas moedas, mas também garante a segurança das blockchains, pois exige que muitos computadores estejam envolvidos na operação e permitindo que qualquer tentativa de alteração realizada por um participante seja imediatamente detectada e rejeitada por todos os nós que participam da rede.

Qual é a segurança destas operações?

Após esse processo inicial de criação de um novo bloco, inicia-se então uma segunda fase de validação das informações que estão registradas. Esse processo de validação se dá por uma regra de consenso segundo a qual pelo menos 51% dos usuários com acesso à Blockchain, ou seja, os nós, que fazem parte daquela rede, visualizam as informações do bloco e as confirmam.

Veja um exemplo de como funciona. Um minerador identificado como KY desvendou o enigma matemático da Blockchain da criptomoeda CASH, e assim ganhou o direito de criar o Bloco Z com os registros de dados de novas transações.

Neste momento, pelo menos 51% dos nós (computadores) que fazem parte da rede Blockchain da criptomoeda CASH, devem conferir o Bloco Z e confirmar se as transações que foram registradas são verdadeiras.

Se pelo menos 51% desses nós confirmarem que estão visualizando os mesmos dados, eles "baixam" essa nova versão da Blockchain, com todos os dados deste novo Bloco Z. Só a partir dessa segunda validação é que o bloco é inserido na rede Blockchain e então o minerador recebe a sua recompensa por ter gerado o bloco correto.

Além de ser uma rede criptografada, o que a torna segura, se alguém tentar alterar qualquer dado de um bloco já criado anteriormente, os milhares de participantes (nós da rede), veriam essa tentativa de fraude e assim não validariam esta operação, impedindo que o bloco seja alterado e inserido na rede. Quando um bloco é validado e gerado, ele passa a ser atrelado ao bloco imediatamente seguinte e assim sucessivamente.

Esta vinculação se dá através de uma  espécie de chave de combinação única que liga um bloco ao outro. Nós chamamos esta chave de HASH. Quando um bloco A é confirmado e inserido na rede, ele gera esta chave HASH de combinação criptografada. Quando o bloco B for criado ele estará ligado ao bloco A anterior através desta chave HASH.

Se algum usuário malicioso tentar inserir uma informação falsa no Bloco B, ainda que seja apenas um número, essa pequena alteração nos dados mudará completamente a combinação numérica desta chave HASH e isso impediria a ligação do bloco A anterior com o Bloco B.

Essa lógica de funcionamento criam os milhares de blocos que vão se interligando e conectando, e os dados gerados são imutáveis pois o sistema não permite a exclusão ou alteração de um bloco já criado, eu só posso inserir novos blocos de dados, com novas informações de transação.

Isso significa dizer que alterá-los é tecnicamente inviável, pois a cada 10 minutos é gerado e inserido um novo bloco na Blockchain, de maneira que, qualquer mudança nessa sequência, interromperia a ligação da chave hash entre um bloco e outro, gerando uma reação em cadeia que seria percebida pelos participantes da rede que logo rejeitariam a operação. Estas regras tornam a transação transparente e permite a integridade da operação.

Agora que você entende um pouco mais sobre criptomoedas, clique no botão abaixo para saber, quais são as principais criptos do mercado e suas perspectivas.